segunda-feira, 12 de março de 2012

Parcerias são boas? Algumas sim...

Vou tratar de um assunto que pode ser um tabú na atividade de consultoria. 

Trabalhar nesta área tem proporcionado experiências ímpares e marcantes, a começar pela oportunidade de conhecer pessoas, empresas, analisar, diagnosticar, propor e entregar soluções aos clientes. Ao longo do dia surgem muitas necessidades, inumeros formatos e vários concorrentes disputando algumas oportunidades. 

Para aumentar a taxa de conversão (Win Rate) é típico neste mercado a construção de parcerias. É parceria prá lá, parceria prá cá... Confesso que já sinto aversão a esta palavra, de tão "batida" nos últimos tempos. Sempre fico entusiasmado quando identifico alguma sinergia aonde a equação possa ser 1 + 1 > 2. Mas tenho encontrado (com mais frequencia do que gostaria ou imaginaria...) situações aonde a conta também resulta num valor <2. Claro que já devo ter decepcionado algum "potencial parceiro" por conta de frustração em relação à entrega de um dado projeto, de um dado resultado. Mas atuo sempre com ética e transparência, mantendo a relação em elevado nível, deixando portas abertas.

O que muito tem me chateado é que as minhas experiências mais negativas sao do modelo "fogo amigo". Tenho compartilhado oportunidades, projetos e ideias com amigos consultores e quando menos espero, lá está ele desenvolvendo aquele dado projeto, naquele cliente que eu havia prospectado.

Tenho plena noção que não se pode converter em projeto 100% das propostas apresentadas. Mas perder a oportunidade para um consultor amigo? Perder para um consultor amigo que eu mesmo apresentei ao cliente? Sinceramente, tenha dó! Nesta situação eu me senti "usado" e por conta disso,doravante vou adotar o bordão do programa "O Aprendiz:" Você está demitido!  #prontofalei

E vamu qui vamu...





domingo, 11 de março de 2012


Ler? Não. Porquê? Por que não!

Esta reflexão é sequencia da “manchete” que abordei ontem sobre comportamento de alguns alunos em sala de aula. Não estou me referindo àquele comportamento no qual as pessoas ficam sentadinhas, quietinhas, olhando apenas a nuca do colega da frente. Quem me conhece ou já assistiu alguma das minhas aulas sabe que eu procuro dar a elas um formato diferente deste, sempre com sentido para a vida. Tenho procurado despertar o diálogo e realmente conseguimos juntos, eu e os alunos, construir um clima de conversa e troca de verdade. Ainda que muitas vezes eu solicite atenção e silencio, sempre o faço para que um dado conteúdo seja mais bem assimilado por todos. Nada mais do isto! 

Sou enfático ao afirmar em sala de aula que boa parte da vida é comunicação. Tenho afirmado que as pessoas que querem liderar e gerenciar precisam (e devem) desenvolver a competência da comunicação. As pessoas precisam falar mais. E falar não se aprende por telepatia, instalando um chip no cérebro, navegando na internet ou nas redes sociais: Falar se aprende lendo mas fundamentalmente, falar se aprende falando! Por mais que muitas pessoas ainda não tenham compreendido.

O comportamento a que me refiro é a apatia. O comportamento a que quero me referir é muito mais do que não participação na sala de aula; É o negar-se a participar de uma determinada atividade simples. Não estou me referindo àquelas atividades cansativas feitas ao ar livre, sob a chuva ou sol. Estou me referindo a uma simples leitura de um texto simples aonde cada aluno vai lendo um paragrafo e juntos conversamos sobre ele, paragrafo por paragrafo. Uma atividade absolutamente normal, aplicada por 99% dos professores, com toda certeza.
O que aconteceu nesta ultima semana, repetiu-se por três ocasiões, em turmas diferentes. Uma atividade nova para todas pois em nenhuma delas eu havia aplicado a sistemática da leitura coletiva neste semestre.A atividade se desenvolvia bem e cada aluno lendo um pedacinho do texto. Eu propunha uma pausa, despertava a reflexão e explicava o sentido, destacava o conteúdo, detalhando as palavras apontadas como novas. E com isso todos estvam aprendendo juntos. Num dado instante, o texto que está circulando de mão em mão, chega num aluno que simplesmente nega-se a ler. 

- Porque você não vai ler? Pergunto eu preocupado.
- Algum problema? Insisto na tentativa de poder ajuda-lo caso ele tenha alguma necessidade.
- Por que não. É a resposta. Simples, seca e objetiva.
Fico pensando um pouco sobre o que fazer e ouço em seguida:
- Não vou ler porque não quero ler! É a resposta mais elaborada que é verbalizada na sequencia. Só me resta então pedir ao próximo aluno continuar a leitura...

Naquele momento é como se o clima que fora construído para refletir sobre um determinado assunto, desenvolvendo o aprendizado coletivo tenha sido interrompido. Num silencio que dura poucos segundos, os demais alunos trocam olhares como se estivessem em prejuízo por terem de ler em voz alta enquanto um outro aluno (tido e havido como mais corajoso) não quer ler (e não lê mesmo).

Ao passar a leitura para o aluno seguinte, a “pegada” já não é mais a mesma.
Numa determinada ótica (miope), ocorreu uma disputa: Um aluno venceu, o professor perdeu. Algo que beira o absurdo! Afinal estamos num ambiente aonde não há disputas, aonde não pode haver perdedores, aonde não se admite haver vencedores. Estamos em sala de aula e somos todos aprendizes, ora!

Será que estes três incidentes merecem atenção? Eu acho que sim... Merecem atenção pois eu ouso acreditar (empiricamente) que este comportamento ocorre também no mundo corporativo. Talvez com mais frequencia do que se imagina. 

Mas no mundo corporativo, existe competição, existe ganhador e existe perdedor. E é preciso lembrar que existe a demissão para quem não demonstra as suas competências. #prontofalei

E vamu qui vamu!

sábado, 10 de março de 2012

Mistérios de professor. Mistérios de alunos.

Tenho saboreado da deliciosa experiência de ser professor. Tenho tido experiências enriquecedoras e muitas delas inexplicáveis. São verdadeiros momentos mágicos que só quem está naquele momento, naquele contexto da sala de aula consegue explicar. 

Sou grato pelos inumeros e verdadeiros amigos que se formaram a partir do ambiente da sala de aula. Ainda que eu esteja na condição de professor, sempre serei aluno: Esta é a premissa com que entro em sala de aula, dia sim, dia também. 

Encaro com amor todos os desafios que se apresentam em sala de aula. É gratificante conhecer novas pessoas, normalmente pessoas novas e poder participar do seu desenvolvimento humano e profissional. Procuro estimular nos alunos a percepção as aulas (cada nova aula de cada disciplina) como como a colocação de um tijolinho que formará um edificio que cada um de nós terá construído ao longo de um determinado periodo. 


No entanto, é impossível não fazer um paralelo do que vivi (e continuo vivendo) na condição de aluno regular. Quem me conhece sabe, sou entusiasmado, animado e tenho e conseguido impactar pessoas em direção ao seu desenvolvimento, em direção a vida. Vibro, de verdade, por ser professor e este é o "lado bom" do processo. 


Mas como tudo na vida, sempre tem um outro lado. Tenho encarado situações que muitas vezes me deixam de cabelo em pé e para as quais "não existe bula". Quando menos se espera a situação aparece. E daí tenho certeza: Se eu, como professor não tiver habilidade humana, o edificio do aluno desmorona. E assim como ocorreu no Rio de Janeiro, levará outros edificios ao chão. 
 
E sempre me vem a pergunta: Como será que alunos com este comportamento se sairão no mercado de trabalho? Estou achando maneiras para registrar algumas destas situações mas necessariamente preciso compreender que fenômeno é este e quais as razões para que os alunos tenham determinadas atitudes na sala de aula. Sinceramente, não vejo muitas discussões críticas e sérias sobre os impactos no mundo do trabalho e por isso decidi encarar o mestrado, não na minha área de formação. Mas na área de Educação. 


Ao longo das próximas postagens buscarei desenvolver este tema e é meu objetivo suscitar reflexões sem qualquer expectativa de que não haja divergência ou receba críticas sobre o que eu vier escrever. Afinal, a diversidade faz parte do crescimento das pessoas, da sociedade e das empresas. 

Vamu qui vamu!


Uma nova etapa !


 
Este BLOG está passando por um reestudo. Aliado ao meu site (www.rudimarbirgman.com.br), minha expectativa é que este ambiente além de ser atualizado com frequencia, venha a cumprir papel muito maior do que divulgar somente as minhas ideias, projetos e experiencias. Sei que o desafio nao é simples ou fácil, mas buscarei este objetivo. 




Agradeço a visita e sugestões. Um forte abraço, sucesso!

Vamu qui vamu!

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