quarta-feira, 20 de agosto de 2008

SINDROME DO SUB-DESEMPENHO SATISFATÓRIO

As empresas aprendem rapidamente a enxugar, a reestruturar e a racionalizar, mas não a crescer. Várias empresas tradicionais, que fecharam ou foram vendidas, haviam reduzido custos, controlado orçamentos e melhorado a produtividade, mas não tiveram energia ou mesmo a coragem, ou talvez a visão necessária para criar e aproveitar novas oportunidades para o crescimento. Nas organizações em que predomina o conceito de resultados econômicos financeiros, nas quais a última linha do balanço é a única dimensão realmente válida, o comportamento das pessoas é todo orientado por essa filosofia de gestão; mas esse comportamento pode levar a efeitos contrários, focando somente o resultado em curto prazo sacrifica a base para a sustentabilidade dos resultados e cai na “síndrome do subdesempenho satisfatório”, esquecendo o mercado, as pessoas, as novas tecnologias. Esta síndrome pode ocorrer tanto na grande como na pequena empresa. Nas pequenas por falta de informação, dificuldade nas pesquisas, processo de informação ainda pelos dados do escritório de contabilidade externo, que praticamente só registra os livros fiscais para pagamento dos tributos. Nas grandes empresas, pelo comodismo dos resultados do passado que deram certo, os concorrentes são relativamente pequenos e nunca nos preocupou, a margem do lucro liquido está satisfatória para os acionistas, os clientes precisam dos nossos produtos, etc. Na fase atual dos negócios, são cada vez mais comuns as situações que surpreendem os executivos, por jogadas ousadas e bem sucedidas da concorrência, e ficam perguntando-se “como é que não pensei nisso antes?”. Para não ser atropelado pela concorrência, deve-se investir em inteligência competitiva, que são meios e informações para antecipar tendências do mercado. A transparência interna, não só com relação aos números, mas com relação as principais estratégias e posicionamento da empresa. Manter relações cada vez mais próximas com seus parceiros, fornecedores e clientes. Para continuar vendendo as pequenas empresas terão que operar com as grandes. A parceria interna que são seus funcionários deverão conhecer em detalhes a missão e a visão da empresa, suas pontos fortes, seus pontos fracos e o diferencial competitivo da empresa, para saber como, onde e por que agir. O mundo vive na era do conhecimento. Ter as informações necessárias e saber usá-las será o diferencial competitivo entre as organizações. Deve-se incentivar o compartilhamento de informações entre os funcionários, como também a buscar o autoconhecimento. O “design”, a apresentação do produto, a qualidade, e o preço formam um conjunto imbatível para o posicionamento da empresa no mercado. A concorrência será cada vez mais acirrada daqui para frente. O cliente cada vez mais exigente e menos apegado a marcas. Mantenha atualizado um instrumento de medição de satisfação dos clientes. As empresas terão que mudar a forma de administrar, disseminando o conhecimento, tornando coletivo o que era centralizado ou individual, e encontrar maneiras rápidas de melhorar o desempenho dos colaboradores, agora denominados parceiros; não deixe que entrem na “síndrome do sub-desempenho satisfatório”. Planeje o seu trabalho, trabalhe o seu planejamento, faça comparações (Benchmarking), com seus concorrentes, com seu segmento de mercado, com outras empresas de outros segmentos, visite feiras ligadas ao seu negócio, pesquise matérias primas alternativas, novas oportunidades de negócios, levante a ociosidade de sua linha de produção e estude quais produtos ou serviços poderia fazer com suas máquinas para eliminar esta ociosidade, peça aos funcionários (parceiros) que dêem sugestões para a melhoria do processo ou novos produtos e retribua-os com viagens, brindes, cursos, etc., saia na frente, verifique o que está sendo vendido no exterior que ainda não chegou aqui, faça reuniões informais, descontraídas com os responsáveis para ouvir palpites e soluções (Brainstorming), analise com os gerentes os pontos fortes e fracos e as oportunidades de mercado (SWOT), enfatize as vantagens competitivas por toda a empresa. Após colocar em prática todos esses pontos e outros mais que você vai descobrindo, sentirá que a empresa terá um novo ânimo, todos estarão alinhados com os objetivos e metas, todos lutarão pela mesma causa e sentirão orgulho de seu trabalho e irão trabalhar com prazer, pois sabem o que estão fazendo, saíram da zona de conforto e eliminaram a “síndrome do sub-desempenho satisfatório”.
Autor: Cláudio Raza; Administrador de Empresas, Economista, Contador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas para Negócio, Professor Universitário, mais de 35 anos assessorando empresas.

Um comentário:

Professor Rudi disse...
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