terça-feira, 18 de setembro de 2012

Em breve, novidades!



Atualizar este ambiente tem sido uma preocupação. Em breve teremos um processo efetivo para inserção de assuntos de que sejam interessantes para os que acompanham o nosso trabalho. Muito obrigado, sucesso!


segunda-feira, 12 de março de 2012

Parcerias são boas? Algumas sim...

Vou tratar de um assunto que pode ser um tabú na atividade de consultoria. 

Trabalhar nesta área tem proporcionado experiências ímpares e marcantes, a começar pela oportunidade de conhecer pessoas, empresas, analisar, diagnosticar, propor e entregar soluções aos clientes. Ao longo do dia surgem muitas necessidades, inumeros formatos e vários concorrentes disputando algumas oportunidades. 

Para aumentar a taxa de conversão (Win Rate) é típico neste mercado a construção de parcerias. É parceria prá lá, parceria prá cá... Confesso que já sinto aversão a esta palavra, de tão "batida" nos últimos tempos. Sempre fico entusiasmado quando identifico alguma sinergia aonde a equação possa ser 1 + 1 > 2. Mas tenho encontrado (com mais frequencia do que gostaria ou imaginaria...) situações aonde a conta também resulta num valor <2. Claro que já devo ter decepcionado algum "potencial parceiro" por conta de frustração em relação à entrega de um dado projeto, de um dado resultado. Mas atuo sempre com ética e transparência, mantendo a relação em elevado nível, deixando portas abertas.

O que muito tem me chateado é que as minhas experiências mais negativas sao do modelo "fogo amigo". Tenho compartilhado oportunidades, projetos e ideias com amigos consultores e quando menos espero, lá está ele desenvolvendo aquele dado projeto, naquele cliente que eu havia prospectado.

Tenho plena noção que não se pode converter em projeto 100% das propostas apresentadas. Mas perder a oportunidade para um consultor amigo? Perder para um consultor amigo que eu mesmo apresentei ao cliente? Sinceramente, tenha dó! Nesta situação eu me senti "usado" e por conta disso,doravante vou adotar o bordão do programa "O Aprendiz:" Você está demitido!  #prontofalei

E vamu qui vamu...





domingo, 11 de março de 2012


Ler? Não. Porquê? Por que não!

Esta reflexão é sequencia da “manchete” que abordei ontem sobre comportamento de alguns alunos em sala de aula. Não estou me referindo àquele comportamento no qual as pessoas ficam sentadinhas, quietinhas, olhando apenas a nuca do colega da frente. Quem me conhece ou já assistiu alguma das minhas aulas sabe que eu procuro dar a elas um formato diferente deste, sempre com sentido para a vida. Tenho procurado despertar o diálogo e realmente conseguimos juntos, eu e os alunos, construir um clima de conversa e troca de verdade. Ainda que muitas vezes eu solicite atenção e silencio, sempre o faço para que um dado conteúdo seja mais bem assimilado por todos. Nada mais do isto! 

Sou enfático ao afirmar em sala de aula que boa parte da vida é comunicação. Tenho afirmado que as pessoas que querem liderar e gerenciar precisam (e devem) desenvolver a competência da comunicação. As pessoas precisam falar mais. E falar não se aprende por telepatia, instalando um chip no cérebro, navegando na internet ou nas redes sociais: Falar se aprende lendo mas fundamentalmente, falar se aprende falando! Por mais que muitas pessoas ainda não tenham compreendido.

O comportamento a que me refiro é a apatia. O comportamento a que quero me referir é muito mais do que não participação na sala de aula; É o negar-se a participar de uma determinada atividade simples. Não estou me referindo àquelas atividades cansativas feitas ao ar livre, sob a chuva ou sol. Estou me referindo a uma simples leitura de um texto simples aonde cada aluno vai lendo um paragrafo e juntos conversamos sobre ele, paragrafo por paragrafo. Uma atividade absolutamente normal, aplicada por 99% dos professores, com toda certeza.
O que aconteceu nesta ultima semana, repetiu-se por três ocasiões, em turmas diferentes. Uma atividade nova para todas pois em nenhuma delas eu havia aplicado a sistemática da leitura coletiva neste semestre.A atividade se desenvolvia bem e cada aluno lendo um pedacinho do texto. Eu propunha uma pausa, despertava a reflexão e explicava o sentido, destacava o conteúdo, detalhando as palavras apontadas como novas. E com isso todos estvam aprendendo juntos. Num dado instante, o texto que está circulando de mão em mão, chega num aluno que simplesmente nega-se a ler. 

- Porque você não vai ler? Pergunto eu preocupado.
- Algum problema? Insisto na tentativa de poder ajuda-lo caso ele tenha alguma necessidade.
- Por que não. É a resposta. Simples, seca e objetiva.
Fico pensando um pouco sobre o que fazer e ouço em seguida:
- Não vou ler porque não quero ler! É a resposta mais elaborada que é verbalizada na sequencia. Só me resta então pedir ao próximo aluno continuar a leitura...

Naquele momento é como se o clima que fora construído para refletir sobre um determinado assunto, desenvolvendo o aprendizado coletivo tenha sido interrompido. Num silencio que dura poucos segundos, os demais alunos trocam olhares como se estivessem em prejuízo por terem de ler em voz alta enquanto um outro aluno (tido e havido como mais corajoso) não quer ler (e não lê mesmo).

Ao passar a leitura para o aluno seguinte, a “pegada” já não é mais a mesma.
Numa determinada ótica (miope), ocorreu uma disputa: Um aluno venceu, o professor perdeu. Algo que beira o absurdo! Afinal estamos num ambiente aonde não há disputas, aonde não pode haver perdedores, aonde não se admite haver vencedores. Estamos em sala de aula e somos todos aprendizes, ora!

Será que estes três incidentes merecem atenção? Eu acho que sim... Merecem atenção pois eu ouso acreditar (empiricamente) que este comportamento ocorre também no mundo corporativo. Talvez com mais frequencia do que se imagina. 

Mas no mundo corporativo, existe competição, existe ganhador e existe perdedor. E é preciso lembrar que existe a demissão para quem não demonstra as suas competências. #prontofalei

E vamu qui vamu!

sábado, 10 de março de 2012

Mistérios de professor. Mistérios de alunos.

Tenho saboreado da deliciosa experiência de ser professor. Tenho tido experiências enriquecedoras e muitas delas inexplicáveis. São verdadeiros momentos mágicos que só quem está naquele momento, naquele contexto da sala de aula consegue explicar. 

Sou grato pelos inumeros e verdadeiros amigos que se formaram a partir do ambiente da sala de aula. Ainda que eu esteja na condição de professor, sempre serei aluno: Esta é a premissa com que entro em sala de aula, dia sim, dia também. 

Encaro com amor todos os desafios que se apresentam em sala de aula. É gratificante conhecer novas pessoas, normalmente pessoas novas e poder participar do seu desenvolvimento humano e profissional. Procuro estimular nos alunos a percepção as aulas (cada nova aula de cada disciplina) como como a colocação de um tijolinho que formará um edificio que cada um de nós terá construído ao longo de um determinado periodo. 


No entanto, é impossível não fazer um paralelo do que vivi (e continuo vivendo) na condição de aluno regular. Quem me conhece sabe, sou entusiasmado, animado e tenho e conseguido impactar pessoas em direção ao seu desenvolvimento, em direção a vida. Vibro, de verdade, por ser professor e este é o "lado bom" do processo. 


Mas como tudo na vida, sempre tem um outro lado. Tenho encarado situações que muitas vezes me deixam de cabelo em pé e para as quais "não existe bula". Quando menos se espera a situação aparece. E daí tenho certeza: Se eu, como professor não tiver habilidade humana, o edificio do aluno desmorona. E assim como ocorreu no Rio de Janeiro, levará outros edificios ao chão. 
 
E sempre me vem a pergunta: Como será que alunos com este comportamento se sairão no mercado de trabalho? Estou achando maneiras para registrar algumas destas situações mas necessariamente preciso compreender que fenômeno é este e quais as razões para que os alunos tenham determinadas atitudes na sala de aula. Sinceramente, não vejo muitas discussões críticas e sérias sobre os impactos no mundo do trabalho e por isso decidi encarar o mestrado, não na minha área de formação. Mas na área de Educação. 


Ao longo das próximas postagens buscarei desenvolver este tema e é meu objetivo suscitar reflexões sem qualquer expectativa de que não haja divergência ou receba críticas sobre o que eu vier escrever. Afinal, a diversidade faz parte do crescimento das pessoas, da sociedade e das empresas. 

Vamu qui vamu!


Uma nova etapa !


 
Este BLOG está passando por um reestudo. Aliado ao meu site (www.rudimarbirgman.com.br), minha expectativa é que este ambiente além de ser atualizado com frequencia, venha a cumprir papel muito maior do que divulgar somente as minhas ideias, projetos e experiencias. Sei que o desafio nao é simples ou fácil, mas buscarei este objetivo. 




Agradeço a visita e sugestões. Um forte abraço, sucesso!

Vamu qui vamu!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012



ENCONTRO COM LEONARD ORR NO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

No dia internacional da mulher, 8 de março,  quinta-feira, o Instituto Anauê-Teiño recebe em sua sede, em Curitiba, o estudioso Leonard Orr para a palestra "Mulher, mãe, criança, nascimento". Orr é um yogue com mais de 20 livros publicados, ministra palestras e treinamentos em vários países, com um trabalho capaz de transformar pessoas. Criador, em 1974, do movimento Rebirthing (renascimento) uma terapia holística de auto-conhecimento e transformação pessoal que dissolve traumas e padrões adquiridos desde a concepção até a primeira infância,utilizando a respiração consciente e o pensamento criativo. Um yogue é um estudioso que pratica o controle da respiração, da mente e do seu próprio físico.

No Rebirthing os praticantes percebem como a forma do nascimento influencia até hoje em seus relacionamentos. Ao reaprender as técnicas de respiração consciente tomam posse da vida e criam por meio de pensamentos a realidade que desejam.

Assumem então, definitivamente o poder de transformar a sua realidade. Uma das ideias defendidas por Orr é que tudo no universo é criado no pensamento, assim como tudo na realidade do ser humano é criado também em seus próprios pensamentos. Segundo pesquisas realizadas citadas por Orr o homem tem em média 50mil pensamentos por dia. E 95% sobre eles se repetem. Outro estudo realizado na América do Norte apontado por ele coloque a maiorias das pessoas tornam-se verdadeiras zumbis até os 30 anos, vivendo de forma automática. E aos 35 anos acreditam que estão descendo uma montanha, ou seja que já não é possível mais nada.

O trabalho do estudioso mostra que é possível criar pensamentos de alta qualidade e assim ter uma vida com mais qualidade. Ele compara a mente como um computador, que uma vez que as pessoas inserem nele "lixos" e isso que terá como resultado.

Para Olinda Guedes, Renascedora e Diretora do Instituto Anauê-Teiño, a vinda de Leonard no dia das mulheres é um verdadeiro presente. A palestra é totalmente proveitosa e destina-se a homens e mulheres, cujo tema será centrado na questão do nascimento, do parir, da presença do pai, da influência do nascimento em nossas vidas,  do quanto a experiência do nascimento determina sentimentos de coragem ou de medo frente aos desafios, das depressões, isolamentos, dificuldades de sucesso decorrentes dos diversos tipos de nascimento. Leonard Orr vai abordar também sobre a respiração como ferramenta de cura. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas através do e-mail contato@anaueteino.com.br ou tel. 41 3233 6409.

Fonte: Eli Antonelli\Brasis Comunicação

terça-feira, 17 de janeiro de 2012



Fonte: www.exame.abril.com.br


De atualizar seu currículo até se inscrever em um MBA, veja quais são as tarefas que você não pode deixar para depois do carnaval.

Já se foram duas semanas desde que 2012 deu seus primeiros suspiros, mas todas aquelas resoluções lindas do dia 31 de dezembro continuam presas ao papel? Então, é hora de arregaçar as mangas e aproveitar o marasmo de janeiro para dar corpo a cada uma delas.

Agora, se você não sabe por onde começar, EXAME.com listou um guia rápido de ações que você deve fazer por sua carreira antes do carnaval. Afinal, num ano cheio de suspense em torno dos mercados globais, não vale deixar para revitalizar a própria trajetória profissional só depois da quarta-feira de cinzas.

1. Atualize seu currículo
Por melhor que esteja sua situação no atual emprego, não vale deixar seu currículo empoeirado em algum canto do seu e-mail. Nunca se sabe quais oportunidades podem aparecer nos dias que se seguem.
Por isso, aproveite os próximos dias para dar uma cara nova a esta importante ferramenta de carreira. A ideia não é mudar o design do documento ou transformar seu currículo em infográfico (embora essa seja uma boa pedida para algumas profissões). Mas, sim, colocar no papel um bom resumo do que foi seu 2011.
Se continuou no mesmo emprego, atualize seus principais resultados no campo descrição. Se mudou, altere essa informação. Fez um curso? Melhorou sua fluência em algum idioma? Inclua tudo isso no seu currículo. Com objetividade, clareza e todos os outros atributos de um bom currículo.

2. Coloque seu networking em ordem
Tenha como meta levar networking mais a sério em 2012. Comece dando mais atenção para os cartões de visita que recebe rotineiramente. Tire um tempo nos próximos dias para organizar seus contatos.
Dica: sempre que receber um novo cartão de visita, anote a data e o contexto em que conheceu a essa pessoa. Para facilitar a retomada de contatos, faça uma anotação sobre alguma peculiaridade do encontro. Reserve um tempo também para colocar a própria maneira como você faz networking em xeque. Será que você é um daqueles que as pessoas fogem nos eventos profissionais? Na hora de fazer seu cartão de visitas, vale também checar quais são os erros mais clássicos.

3. Dê um jeito no LinkedIn
Em 2011, o LinkedIn virou parada obrigatória para todo o profissional. Mas não basta ter um perfil na rede. É preciso participar.
Primeiro, muita atenção às palavras que você insere no perfil. Para aparecer bem nas ferramentas de busca, invista em técnicas de SEO, como uso de palavras chave e envolva-se em grupos.Coloque na sua agenda também a participação ativa nos grupos de discussão, o hábito de responder às perguntas postadas no site ou outras ações que torne você relevante na rede.

4. Inscreva-se
Se a intenção é dar um upgrade na carreira, você não pode deixar 2012 passar sem frequentar, ao menos, uma sala de aula. Vale fazer um curso de línguas no exterior, um MBA ou voltar à faculdade.
Se a ideia é fazer um MBA no exterior, por exemplo, vale começar ainda este mês a estudar para a prova do GMAT e seguir alguns passos básicos para encarar o minucioso processo de seleção nas melhores escolas fora do país.
Agora, se a sua intenção é aproveitar as próximas férias para fazer um curso no exterior, escolha um destino coerente com as demandas da sua área de atuação.

5. Planeje
Se você ainda não tem muita ideia do que quer para sua vida profissional em 2012, tire os próximos dias para fazer um mergulho para dentro de si mesmo. EXAME.com preparou, por exemplo, um guia de testes para avaliar sua carreira em 2011 e um guia para planejá-la em cinco dias.

Boa sorte!



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Barreiras que dificultam a aprendizagem nas empresas


O gestor de educação corporativa e relacionamento Ubirajara Neiva divulgou o primeiro texto de 2012 no blog da educação corporativa, onde fala sobre as barreiras que dificultam a aprendizagem nas empresas, sejam elas de natureza organizacional ou ligadas a problemas individuais de cognição. Além de explorar um pouco a origem desses problemas, traz algumas alternativas para lidar com eles. Leia mais acesse http://educacaonaempresa.blogspot.com/

Quando falo em educação aqui, não me refiro unicamente ao processo de aquisição ou compartilhamento de conhecimentos. Há um valor inerente à própria palavra, tão grande e relevante quanto a dinâmica social que o processo de aprender permite a qualquer indivíduo. Certa vez, eu li que é aprendendo que reformulamos nossa maneira de atuar no mundo e sobre ele. E quando trazemos essa lógica para a vida numa empresa, não há como negar que cada momento é uma oportunidade de aprendizado e transformação.

Mas assim como na vida acadêmica, as ações de educação numa empresa estão sujeitas a barreiras que dificultam a aprendizagem. E elas podem ser de fácil percepção e solução ou, em alguns casos, muito mais complexas e difíceis de diagnosticar. É fundamental que a empresa, além de um planejamento de ações em educação, tenha também uma preocupação com a forma com a qual as pessoas respondem às ações educacionais.

É fácil determinar, por meio de pesquisas ou avaliações, que uma determinada pessoa não conseguiu certificação em um treinamento, por exemplo. Mas, antes de aplicar esse treinamento ou avaliação, houve uma preocupação em conhecer melhor esse colaborador? Já escrevi aqui sobre como as pessoas aprendem melhor, abordando os estilos de aprendizagem mais comuns e possíveis ações para facilitar o aprendizado. Mas alguém já se perguntou ou se pergunta com freqüência na sua empresa sobre as razões do não aprendizado?

Barreiras de natureza organizacional

Valores e crenças exercem um impacto muito grande na gestão do conhecimento em uma empresa. Isto porque influenciam na forma como as pessoas encaram os eventos internos e externos, como isso reverbera no pensamento de cada um e, finalmente, em como isso se transforma em ação. Assim, se há o reforço constante de uma cultura organizacional baseada em valores e crenças destoantes da prática ou das necessidades do próprio negócio e dos colaboradores, haverá dificuldades de aprendizagem em todos os ciclos de qualquer projeto educacional.

Se os colaboradores não pactuam, não consideram legítima a cultura ou não se reconhecem nos valores e crenças da organização, dificilmente irão aderir a qualquer estratégia educacional ou, se o fizerem, não estarão comprometidos com a efetiva sedimentação do conhecimento ou sua reprodução continuada. Irão, provavelmente, cumprir automaticamente mais uma obrigação que lhes é imposta.

Além da questão cultural, há outras barreiras de natureza organizacional, mais ligadas à habilidade em promover a educação. Se a ação educacional está atrelada a uma pressão por desempenho e isso não é bem trabalhado, os colaboradores tenderão a resolver problemas da mesma maneira que já o fazem, sem abrir novos caminhos para outras abordagens, muitas vezes necessárias. Isso também acontece quando se exige um resultado sem oferecer ao colaborador uma estrutura de aprendizado adequada, que contemple, inclusive, a possibilidade de tentar e eventualmente errar.

Outra barreira é a falta de alavancas de disseminação do conhecimento produzido. Muitas vezes cria-se, na empresa, uma excelente experiência com uma área específica, mas os resultados e o próprio processo, por vezes inovador, não são compartilhados com as outras áreas. Semelhante a isso, muitas vezes essa experiência acontece uma vez, mas por excesso de prioridades, acaba-se por abandonar o “novo modelo” de execução que foi desenvolvido ou treinado.

Uma última, porém não menos importante barreira que quero citar aqui, é a habilidade em transmitir conhecimento. Muitos gestores ou instrutores detêm muito conhecimento e são reconhecidamente falas autorizadas no assunto, mas quando são convidados a compartilhar, não conseguem fazê-lo com êxito. As razões podem ser muitas e podem estar também atreladas a uma competência que precise ser melhor trabalhada. Questões como tempo de preparação, paciência, alguma vocação, facilidade de comunicação e flexibilidade para saber ouvir são fundamentais.

Dificuldades individuais de aprendizagem

Falar em dificuldade de aprendizagem, também não reduz o tema apenas ao corriqueiro, de se levar em conta que o colaborador tem muitas responsabilidades, fatores externos como família e contas para pagar, metas a cumprir no trabalho ou algo dessa natureza. O que quero levantar aqui é que, assim como uma criança ou adolescente na vida escolar, o adulto na empresa também pode enfrentar barreiras que vão muito além dessas já levantadas. Situações recorrentes de resultados insatisfatórios por parte de um ou mais colaboradores podem apontar para alguns problemas:

Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura e interfere na fluência, já que causa a troca ou omissão de letras, inversão de sílabas, lentidão e outras falhas.

Disgrafia: geralmente é associada à dislexia, porque se a pessoa tem dificuldades na leitura, acaba levando essa dificuldade para a escrita. É caracterizada letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.

Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números. O portador geralmente não identifica os sinais das quatro operações e não sabe usá-los, não entende enunciados de problemas, não consegue quantificar ou fazer comparações, não entende seqüências lógicas.

Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala. A pessoa apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.

Essas são apenas algumas doenças ou dificuldades de aprendizagem que podem acometer uma pessoa e, nas ações educacionais na empresa, comprometer seu rendimento ou resposta. Há inúmeras outros dificultadores cognitivos, que podem ser diagnosticados e melhor entendidos com a ajuda da psicopedagogia, por exemplo. Obviamente que não se pode exigir, dos profissionais que trabalham com a educação corporativa, essa habilidade para diagnosticar os problemas listados. Até mesmo porque, muitos desses problemas são difíceis de perceber na rotina tão exigente do trabalho.

Mas é fundamental entender que, em casos recorrentes, a ação desses profissionais, sejam eles psicólogos de formação, pedagogos, administradores e outros, será determinante para se tratar da melhor forma cada dificuldade, sem nivelar um colaborador com grupos que não enfrentam problemas de mesma natureza. É preciso ter atenção aos sinais e, percebendo diferenças de resposta por parte de um colaborador ou muitas dificuldades deste em questões consideradas básicas para os outros, é importante buscar ajuda especializada para tratar cada caso de forma profissional e com respeito.

Fato é que educar é um processo contínuo, que possibilita novas formas de pensar e agir. É transformar e incluir pessoas. Não se pode rotular simplesmente. A ação educacional na empresa, assim como em qualquer instância da vida, deve valorizar a pessoa, dando oportunidades e instrumentos para aumentar suas potencialidades.

E você? O que pensa sobre isso? Que experiências você pode compartilhar conosco?

Fique a vontade e deixe abaixo o seu comentário!

Até o próximo!

Ubirajara Neiva

Gestor de Educação Corporativa e Relacionamento

www.e-lead.com.br

www.twitter.com/e_lead

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